terça-feira, 24 de março de 2009

Testes de QI

http://testes-de-qi.com.pt/

http://www.intelligencetest.com/

http://queendom.com/tests/iq/

http://web.tickle.com/

http://www.highiqsociety.org/iq_tests/

http://www.kids-iq-tests.com/

http://www.spaceandmotion.com/Free-Onlin...

http://www.mensa.org/workout2.php

Deficiência mental

Características Diagnósticas

A característica essencial do Retardo Mental é um funcionamento intelectual significativamente inferior à média (Critério A), acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, autocuidados, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, auto-suficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança (Critério B). O início deve ocorrer antes dos 18 anos (Critério C).
O Retardo Mental possui muitas etiologias diferentes e pode ser visto como uma via final comum de vários processos patológicos que afetam o funcionamento do sistema nervoso central.O funcionamento intelectual geral é definido pelo quociente de inteligência (QI ou equivalente) obtido mediante avaliação com um ou mais testes de inteligência padronizados de administração individual (por ex., Escalas Wechsler de Inteligência para Crianças — Revisada, Stanford-Binet, Bateria Kaufman de Avaliação para Crianças).

Um funcionamento intelectual significativamente abaixo da média é definido como um QI de cerca de 70 ou menos (aproximadamente 2 desvios-padrão abaixo da média). Cabe notar que existe um erro de medição de aproximadamente 5 pontos na avaliação do QI, embora este possa variar de instrumento para instrumento (por ex., um QI de 70 na escala Wechsler é considerado como representando uma faixa de 65-75). Portanto, é possível diagnosticar o Retardo Mental em indivíduos com QIs entre 70 e 75, que exibem déficits significativos no comportamento adaptativo. Inversamente, o Retardo Mental não deve ser diagnosticado em um indivíduo com um QI inferior a 70, se não existirem déficits ou prejuízos significativos no funcionamento adaptativo.
A escolha dos instrumentos de testagem e a interpretação dos resultados devem levar em conta fatores capazes de limitar o desempenho no teste (por ex., a bagagem sócio-cultural do indivíduo, língua materna e deficiências comunicativas, motoras e sensoriais associadas). Caso haja uma dispersão significativa nos escores dos subtestes, o perfil de capacidades e deficiências, ao invés dos resultados matemáticos do QI de escala plena, refletirá com maior acuidade as capacidades de aprendizagem do indivíduo. Quando existe uma discrepância acentuada entre os escores verbal e de desempenho, fazer a média para extrair um escore de QI de escala plena pode levar a incorreções.

Prejuízos no funcionamento adaptativo, em vez de um baixo QI, geralmente são os sintomas visíveis no indivíduo com Retardo Mental. O funcionamento adaptativo refere-se ao modo como os indivíduos enfrentam efetivamente as exigências comuns da vida e o grau em que satisfazem os critérios de independência pessoal esperados de alguém de seu grupo etário, bagagem sócio-cultural e contexto comunitário específicos. O funcionamento adaptativo pode ser influenciado por vários factores, incluindo educação, motivação, características de personalidade, oportunidades sociais e vocacionais e transtornos mentais e condições médicas gerais que podem coexistir com o Retardo Mental. Os problemas na adaptação habitualmente estão mais propensos a apresentar melhora com esforços terapêuticos do que o QI cognitivo, que tende a permanecer como um atributo mais estável.[40]Em geral é útil obter evidências dos déficits no funcionamento adaptativo a partir de uma ou mais fontes independentes confiáveis (por ex., avaliação do professor e história médica, educacional e evolutiva). Diversas escalas foram criadas para medir o funcionamento ou comportamento adaptativo (por ex., Escalas de Comportamento Adaptativo de Vineland e Escala de Comportamento Adaptativo para o Retardo Mental da Associação Psiquiátrica Americana). Essas escalas em geral oferecem um escore clínico abreviado, que é um composto do desempenho em diversos domínios de habilidades adaptativas. Cabe notar que os escores para certos domínios específicos podem variar consideravelmente, em termos de confiabilidade. Na avaliação do funcionamento intelectual, deve-se considerar a adequação do instrumento à bagagem sócio-cultural, educação, deficiências associadas, motivação e cooperação do indivíduo. Por exemplo, a presença de deficiências significativas invalida muitas normas da escala adaptativa. Além disso, comportamentos que normalmente seriam considerados mal-adaptativos (por ex., dependência, passividade) podem evidenciar boa adaptação no contexto vital de determinado indivíduo (por ex., em alguns contextos institucionais).
Níveis de Gravidade do Retardo Mental

Quatro níveis de gravidade podem ser especificados, refletindo o actual nível de prejuízo intelectual:Leve, Moderado, Severo e Profundo.
Retardo Mental Leve Nível de QI 50-55 a aproximadamente 70
Retardo Mental Moderado Nível de QI 35-40 a 50-55
Retardo Mental Severo Nível de QI 20-25 a 35-40
Retardo Mental Profundo Nível de QI abaixo de 20 ou 25

in http://virtualpsy.locaweb.com.br/dsm_janela.php?cod=37

segunda-feira, 23 de março de 2009

Hipersonia Primária (dormir muito)...


Hoje é o DIA INTERNACIONAL DO SONO... por isso vamos saber em que consiste esta perturbação de sono.


Características Diagnósticas

A característica essencial da Hipersonia Primária consiste de sonolência excessiva por um período mínimo de 1 mês, evidenciada por episódios prolongados de sono ou por episódios de sono diurno ocorrendo quase que diariamente (Critério A).
A sonolência excessiva deve ser suficientemente severa para causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo (Critério B).
A sonolência excessiva não ocorre exclusivamente durante o curso de outro Transtorno do Sono (Critério C) ou transtorno mental (Critério D), nem se deve aos efeitos fisiológicos directos de uma substância ou de uma condição médica geral (Critério E).Em indivíduos com Hipersonia Primária, a duração do principal episódio de sono (para a maioria dos indivíduos, sono noturno) pode variar de 8 a 12 horas, sendo frequentemente seguido por dificuldade de despertar pela manhã. A qualidade do sono noturno é normal.
Os indivíduos tipicamente sentem o desenvolvimento da sonolência ao longo de um certo período de tempo, ao invés de sentirem um súbito "ataque" de sono. Episódios de sono não intencionais ocorrem em situações de baixa estimulação e baixa atividade (por ex., durante palestras, leitura, assistir à televisão ou dirigir por longas distâncias).



A Hipersonia pode levar a um sofrimento significativo e disfunção nos relacionamentos profissionais e sociais. O sono noturno prolongado e a dificuldade em despertar podem acarretar dificuldades no cumprimento de obrigações matinais. Os episódios de sono involuntário durante o dia podem ser embaraçosos e até mesmo perigosos se, por exemplo, o indivíduo está dirigindo ou operando máquinas quando ocorre o episódio. O baixo nível de alerta que ocorre enquanto um indivíduo combate o sono pode levar a uma redução da eficiência, da concentração e da memória durante atividades diurnas. A sonolência, em geral atribuída erroneamente ao tédio ou à preguiça, também pode perturbar relacionamentos sociais e familiares.EspecificadorRecorrente. Este especificador é usado se existem períodos de sonolência excessiva com duração mínima de 3 dias, ocorrendo várias vezes ao ano, por pelo menos 2 anos.
A maioria dos indivíduos com Hipersonia Primária tem sintomas consistentes e persistentes. Em contrapartida, a forma Recorrente deve ser anotada se os sintomas ocorrem periodicamente, durando vários dias ou várias semanas, com os períodos sintomáticos recorrendo várias vezes durante o ano. Entre os períodos de sonolência excessiva, a duração do sono e da vigília diurna são normais. Na forma recorrente da Hipersonia Primária conhecida como síndrome de Kleine-Levin, os indivíduos podem passar de 18 a 20 horas dormindo ou na cama. Os períodos recorrentes de sonolência estão associados com outros aspectos clínicos característicos indicando desinibição. Hipersexualidade indiscriminada, incluindo investidas sexuais inadequadas e masturbação excessiva, pode ser vista em homens (e, menos freqüentemente, em mulheres).Um consumo alimentar excessivo e compulsivo pode ocorrer, com aumento agudo de peso, além de irritabilidade, despersonalização, depressão, confusão e alucinações ocasionais. Outras formas recorrentes de hipersonia podem ser vistas na ausência desses aspectos. Algumas mulheres, por exemplo, afirmam ter períodos de hipersonia que ocorrem regularmente, em momentos específicos do ciclo menstrual.Características e Transtornos AssociadosCaracterísticas descritivas e transtornos mentais associados. Na Hipersonia Primária, o sono tende a ser contínuo mas não reparador. Os indivíduos com este transtorno adormecem rapidamente e têm uma boa eficiência do sono, mas podem ter dificuldade em despertar pela manhã, às vezes parecendo confusos, hostis ou atáxicos. Este prejuízo prolongado do estado de alerta na transição entre o sono e a vigília freqüentemente é chamado de "embriaguez do sono". A sonolência diurna persistente pode levar a um comportamento automático (geralmente de um tipo muito rotineiro, de baixa complexidade), que o indivíduo executa com pouca ou nenhuma recordação subseqüente. Por exemplo, os indivíduos podem verificar que dirigiram muito além do ponto onde pretendiam chegar, sem terem consciência da condução "automática" do veículo durante os últimos minutos.Embora não se disponha de dados precisos em relação à co-morbidade com transtornos mentais, muitos indivíduos com Hipersonia Primária têm sintomas depressivos que podem satisfazer os critérios para Transtorno Depressivo Maior. Este pode estar relacionado com as conseqüências psicossociais da sonolência excessiva. Os indivíduos com hipersonia também podem estar em risco para Transtornos Relacionados a Substâncias, particularmente envolvendo a automedicação com estimulantes.



Critérios Diagnósticos para Hipersonia Primária


A. A queixa predominante é de sonolência excessiva por pelo menos 1 mês (ou menos, se recorrente), evidenciada por episódios de sono prolongados ou episódios de sono diurno que ocorrem quase que diariamente.


B. A sonolência excessiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.


C. A sonolência excessiva não é melhor explicada por insônia e não ocorre exclusivamente durante o curso de outro Transtorno do Sono (por ex., Narcolepsia, Transtorno do Sono Relacionado à Respiração, Transtorno do Ritmo Circadiano do Sono ou uma Parassonia), nem pode ser explicada por uma quantidade inadequada de sono.


D. O distúrbio não ocorre exclusivamente durante o curso de outro transtorno mental.


E. O distúrbio não é devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral.

quarta-feira, 18 de março de 2009

E se existisse um método cientifico que permitisse metamorfosear as personalidades violentas de modo a reintegrar estes indivíduos na sociedade?

A Laranja Mecânica






Sinopse
Numa Inglaterra vagamente futurista e atingida por uma importante crise social, um jovem, Alex DeLarge, chefe de um bando, vive de diversas rapinas apesar da vigilância policial de que é objecto. Com os seus companheiros, os Droogs, prossegue as suas escapadas criminosas: moer de pancada um mendigo; guerra entre gangs; assalta uma casa isolada onde vive um escritor de esquerda, violação da esposa e sova violenta no homem. Todas as suas acções são conduzidas num tom trocista não desprovido de uma certa consciência estética.
De regresso a casa, Alex recebe a visita de um delegado da assistência social, ser abjecto, que o avisa que se acautele com a sua violência. Depois deste sair, Alex entrega-se à sua distracção favorita: a música de Beethoven que escuta religiosamente. Por fim, arranja duas jovens "apanhadas" num Drugstore com quem organiza uma mini orgia.
No dia seguinte, quando os membros do seu bando começam a estar fatigados da sua tirania, ele condu-los a casa de uma mulher só, a mulher dos gatos, que assassina, em virtude da forte resistência que esta lhe opôs. Quando está para fugir é traído pelos Droogs e a polícia prende-o.
Condenado a uma pesada pena, a sua hipocrisia atrai as boas graças do capelão, quando ele apenas sonha com violência e fornicação. Astuciosamente aceita prestar-se ao tratamento Ludovico. Esta terapia de choque foi aperfeiçoada por médicos para libertar o país dos delinquentes. É um método de lavagem ao cérebro que anula todo o livre-arbítrio na vítima. Este tratamento, destinado a fazer abominar a violência e o espectáculo da violência àquele que a praticava tem perfeito êxito. Mas um erro de programação torna igualmente insuportável a Alex a música de Beethoven.
Liberto, Alex volta para casa onde os seus pais já o substituíram por um valentão presunçoso. Excluído, rejeitado, perdido, vagueia por Londres e sofre em contrapartida a violência que usara no passado. Vítima da vingança dos mendigos, depois da dos seus antigos camaradas de novo colaboradores da polícia, amachucado, ferido, refugia-se por acaso na casa do escritor de esquerda. A mulher tinha morrido em consequência da violação e o escritor está paralítico em virtude das pancadas recebidas. Este reconhece o agressor e entrevê ao mesmo tempo a possibilidade de se vingar e de criar problemas ao governo empurrando Alex para o suicídio.
A Nona Sinfonia de Beethoven que Alex preferia vai ser o instrumento desse plano: de facto, ao escutá-la, Alex atira-se pela janela.
Mas sobrevive e por sua vez é o governo conservador que conta utilizar o jovem contra a oposição. No hospital tratam-no, prestam-lhe todos os cuidados e fazem-no entrever um futuro promissor. Alex concorda hipocritamente, bem decidido a utilizar a sua nova posição para satisfazer o seu gosto de violência e sexo.


Dependências II


As Drogas e o Cérebro


O alvo da acção das drogas é o neurónio.
Para compreender melhor o efeito que as drogas têm no "funcionamento" dos neurónios é importante que saber como é que se efectua a propagação dos impulsos nervosos, nomeadamente ao nível das sinapses. Por isso, em primeiro lugar, vamos relembrar alguns conceitos importantes sobre as mensagens nervosas.


Como é que os neurónios comunicam?
As mensagens nervosas - impulsos nervosos - são como uma corrente eléctrica, que se propaga ao longo das fibras nervosas, tal como a corrente eléctrica se propaga ao longo dos cabos eléctricos.

Mas quando um impulso nervoso atinge um terminal pré-sináptico este não pode passar para o terminal pós-sináptico sob a forma eléctrica, pois o circuito encontra-se interrompido pela fenda sináptica. Desta forma, para que o impulso consiga transpor esta fenda, a mensagem nervosa tem de mudar de linguagem - ela vai atravessar a fenda sináptica sob a forma de substâncias químicas, designadas de neurotransmissores.

O que é que são os neurotransmissores?

Os neurotransmissores são mediadores químicos que se encontram armazenados em vesículas do axónio pré-sináptico. Quando o impulso nervoso chega à extremidade do terminal pré-sináptico, os neurotransmissores são libertados na fenda sináptica. Estas substâncias vão-se fixar a receptores (moléculas selectivas) que existem na membrana do neurónio pós-sináptico.


O sistema nervoso é eficientemente regulado para manter o seu funcionamento equilibrado.

- Há neurónios excitatórios e neurónios inibitórios.

- Há neurotransmissores excitatórios e neurotransmissores inibitórios

- Há receptores excitatórios e receptores inibitórios



Diferentes drogas - Diferentes locais de acção

Drogas que activam receptores (imitam a acção de neurotransmissores)

• Nicotina. Activa receptores da acetilcolina. A acetilcolina é um neurotransmissor excitatório e está relacionado com a memória e a atenção.

• Heroína. Activa receptores de opiáceos e morfina. Os opiáceos são moléculas que se produzem no nosso organismo em situações de prazer. Os locais onde actuam activam circuitos ricos noutro neurotransmissor envolvido na regulação do prazer, a dopamina.
A heroína causa dependência física e psíquica muito rapidamente.

• LSD. Activa receptores de serotonina. A serotonina é um neurotransmissor excitatório abundante em zonas do cérebro relacionadas com a imaginação. Por isso o LSD causa alucinações.

• Haxixe, Erva, Marijuana. Activa receptores de canabinoides. Os canabinoides são substâncias inibitórias abundantes em áreas cerebrais que controlam as emoções.

• Álcool. Activa receptores do glutamato. O glutamato é um neurotransmissor excitatório, muito necessário para a memória; contudo a activação excessiva de receptores de glutamato leva á morte de neurónios.

Quando uma droga activa um receptor, o neurónio adapta-se, produzindo menos receptores.


Drogas que bloqueiam receptores (previnem a acção de neurotransmissores)

• Cafeína. Bloqueia receptores da adenosina. A adenosina é uma substância que os neurónios libertam e que regula o ciclo do sono.

Quando uma droga bloqueia um receptor, o neurónio adapta-se, produzindo mais receptores.



Drogas que bloqueiam transportadores (prolongam a acção dos neurotransmissores)

• Cocaína, anfetaminas, ecstasy. Bloqueiam os transportadores da dopamina, da noradrenalina e da serotonina. Estes neurotransmissores são excitatórios e responsáveis por estados de vigília, motivação, impulsividade, para além do seu envolvimento nos centros de prazer. A noradrenalina tem ainda um importante papel na função cardíaca e regulação do diâmetro dos vasos sanguíneos. Numa fase inicial estas drogas aumentam a actividade do organismo reduzindo a sensação de cansaço, mas o seu uso abusivo leva a cansaço, irritabilidade e eventualmente depressão.

Quando uma droga bloqueia um transportador, o neurónio adapta-se, produzindo mais transportadores. O uso prolongado e intenso pode causar uma diminuição marcada do neurotransmissor porque quando este não é captado pelos neurónios deixa de estar disponível para ser libertado.



As áreas do cérebro mais influenciadas pelas drogas são as áreas envolvidas no controlo das emoções, afectos, prazer, recompensa, impulsividade, cognição e vigília.



Mas como é que o cérebro fica dependente das drogas?

Quem consome drogas está, no fundo, a tentar activar artificialmente um certo circuito no cérebro. Esta activação ocorre da seguinte forma (toma atenção à imagem seguinte!):

1. No nosso cérebro existe um equilibrio entre os sinais excitatórios e os sinais inibitórios (fig.1);
2. A droga entra no organismo e faz aumentar os sinais excitatórios no cérebro (fig. 2);
3. O cérebro reage, aumentando os sinais inibitórios;
4. Atinge-se um novo equilíbrio, mas o efeito da droga continua presente (fig. 3);
5. Quando a droga deixa de estar presente, o sistema fica desequilibrado (fig. 4);
6. Nessa altura o indivíduo tem vontade de consumir mais droga;
7. Como o cérebro vai reagindo, reduzindo o número de ‘alvos’ das drogas, cada vez é preciso consumir uma dose superior para obter o mesmo efeito.

in http://umaquestaodecerebro.blogs.sapo.pt/2612.html

Dependências I

Dependência de Substâncias


Características

A característica essencial da Dependência de Substância é a presença de um agrupamento de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos indicando que o indivíduo continua utilizando uma substância, apesar de problemas significativos relacionados a ela. Existe um padrão de auto-administração repetida que geralmente resulta em tolerância, abstinência e comportamento compulsivo de consumo da droga.


Um diagnóstico de Dependência de Substância pode ser aplicado a qualquer classe de substâncias, excepto cafeína. Os sintomas de Dependência são similares entre as várias categorias de substâncias, mas, para certas classes, alguns sintomas são menos salientes e, em uns poucos casos, nem todos os sintomas se manifestam (por ex., sintomas de abstinência não são especificados para Dependência de Alucinógenos). Embora não seja especificamente relacionada como um critério, a "fissura" (um forte impulso subjectivo para usar a substância) tende a ser experimentada pela maioria dos indivíduos com Dependência de Substância (se não por todos).






A Dependência é definida como um agrupamento de três ou mais dos sintomas relacionados adiante, ocorrendo a qualquer momento, no mesmo período de 12 meses.

Tolerância (Critério 1) é a necessidade de crescentes quantidades da substância para atingir a intoxicação (ou o efeito desejado) ou um efeito acentuadamente diminuído com o uso continuado da mesma quantidade da substância. O grau em que a tolerância se desenvolve varia imensamente entre as substâncias. Os indivíduos com uso pesado de opióides e estimulantes podem desenvolver níveis substanciais (por ex., multiplicados por dez) de tolerância, frequentemente em uma dosagem que seria letal para um não-usuário. A tolerância ao álcool também pode ser pronunciada, mas em geral é muito menos extrema do que no caso das anfetaminas. Muitos tabagistas consomem mais de 20 cigarros por dia, uma quantidade que teria produzido sintomas de toxicidade quando começaram a fumar. Os indivíduos com uso pesado de maconha em geral não têm consciência de que desenvolveram tolerância (embora esta tenha sido demonstrada em estudos com animais e em alguns indivíduos). Ainda não há certeza quanto ao desenvolvimento de tolerância com fenciclidina (PCP). A tolerância pode ser difícil de determinar apenas com base na história oferecida, quando se trata de uma substância ilícita, talvez misturada com vários diluentes ou com outras substâncias. Nessas situações, testes laboratoriais podem ser úteis (por ex., altos níveis sangüíneos da substância, juntamente com poucas evidências de intoxicação, sugerem uma provável tolerância). A tolerância também deve ser diferenciada da variabilidade individual na sensibilidade inicial aos efeitos de determinadas substâncias. Por exemplo, alguns indivíduos que ingerem álcool pela primeira vez apresentam muito poucas evidências de intoxicação com três ou quatro doses, ao passo que outros, com peso e história de consumo semelhantes exibem fala arrastada e fraca coordenação.










A Abstinência (Critério 2a) é uma alteração comportamental mal-adaptativa, com elementos fisiológicos e cognitivos, que ocorre quando as concentrações de uma substância no sangue e tecidos declinam em um indivíduo que manteve um uso pesado e prolongado da substância. Após o desenvolvimento dos sintomas desagradáveis de abstinência, a pessoa tende a consumir a substância para aliviar ou para evitar estes sintomas (Critério 2b), tipicamente utilizando a substância durante o dia inteiro, começando logo após o despertar. Os sintomas de abstinência variam imensamente entre as classes de substâncias, de modo que são oferecidos conjuntos separados de critérios de Abstinência para a maioria das classes. Sinais acentuados e, com frequência, facilmente mensuráveis de abstinência são comuns com álcool, opióides e sedativos, hipnóticos e ansiolíticos. Os sinais e sintomas de abstinência freqüentemente estão presentes, mas podem ser menos visíveis, no caso de estimulantes tais como anfetaminas, cocaína e nicotina.Nenhuma abstinência significativa é vista mesmo após o uso repetido de alucinógenos. A abstinência de fenciclidina e substâncias correlatas ainda não foi descrita em humanos (embora tenha sido demonstrada em animais).Nem tolerância nem abstinência são critérios necessários ou suficientes para um diagnóstico de Dependência de Substância. Alguns indivíduos (por ex., com Dependência de Canabinóides) apresentam um padrão de uso compulsivo sem quaisquer sinais de tolerância ou abstinência. Em contrapartida, alguns pacientes pós-cirúrgicos sem Dependência de Opióide podem desenvolver tolerância aos opióides prescritos e experimentar sintomas de abstinência sem mostrar quaisquer sinais de uso compulsivo. Os especificadores Com Dependência Fisiológica e Sem Dependência Fisiológica são oferecidos para indicar presença ou ausência de tolerância ou abstinência.Os aspectos a seguir descrevem o padrão de uso compulsivo de substância característico da Dependência.



O indivíduo pode consumir a substância em maiores quantidades ou por um período mais longo do que de início pretendia (por ex., continuar a beber até estar severamente intoxicado, apesar de ter estabelecido o limite de apenas uma dose) (Critério 3).


O indivíduo pode expressar um desejo persistente de reduzir ou regular o uso da substância. Com frequência, já houve muitas tentativas frustradas de diminuir ou interromper o uso (Critério 4).


O indivíduo pode dispender muito tempo obtendo a substância, usando-a ou recuperando-se de seus efeitos (Critério 5). Em alguns casos de Dependência de Substância, virtualmente todas as atividades da pessoa giram em torno da substância.

As actividades sociais, ocupacionais ou recreativas podem ser abandonadas ou reduzidas em virtude do seu uso (Critério 6), e o indivíduo pode afastar-se de atividades familiares e passatempos a fim de usá-la em segredo ou para passar mais tempo com amigos usuários da substância.

Apesar de admitir a sua contribuição para um problema psicológico ou físico (por ex., severos sintomas depressivos ou danos aos sistemas orgânicos), a pessoa continua usando a substância (Critério 7).

A questão essencial, ao avaliar este critério, não é a existência do problema, mas o fracasso do indivíduo em abster-se da utilização da substância, apesar de dispor de evidências das dificuldades que esta lhe causa.



DSM IV, in http://virtualpsy.locaweb.com.br/dsm_janela.php?cod=60


terça-feira, 17 de março de 2009

Stress Agudo, Transtorno de

Características Diagnósticas

A característica essencial do Transtorno de Estresse Agudo é o desenvolvimento de uma ansiedade característica, sintomas dissociativos e outros, que ocorrem dentro de 1 mês após a exposição a um estressor traumático extremo (Critério A). Enquanto vivencia o evento traumático ou logo após, o indivíduo tem pelo menos três dos seguintes sintomas dissociativos: um sentimento subjetivo de anestesia, distanciamento ou ausência de resposta emocional; redução da consciência sobre aquilo que o cerca; desrealização; despersonalização ou amnésia dissociativa (Critério B). Após o trauma, o evento traumático é revivido persistentemente (Critério C), o indivíduo apresenta acentuada esquiva de estímulos que podem ativar recordações do trauma (Critério D) e tem sintomas acentuados de ansiedade ou excitabilidade aumentada (Critério E).


Os sintomas podem causar sofrimento clinicamente significativo, interferir significativamente no funcionamento normal, ou prejudicar a capacidade do indivíduo de realizar tarefas necessárias (Critério F). A perturbação dura pelo menos 2 dias e não persiste além de 4 semanas após o evento traumático (Critério G). Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos directos de uma substância (droga de abuso, medicamento) ou a uma condição médica geral, não são melhor explicados por um Transtorno Psicótico Breve nem representam uma mera exacerbação de um transtorno mental preexistente (Critério H).Em resposta ao evento traumático, o indivíduo desenvolve sintomas dissociativos.



Os indivíduos com Transtorno de Estresse Agudo apresentam uma redução de responsividade emocional, frequentemente considerando difícil ou impossível ter prazer em atividades anteriormente agradáveis, e com frequência se sentem culpados acerca de realizarem tarefas habituais em suas vidas. Eles podem experimentar dificuldades de concentração, sensação de estarem separados do corpo, perceber o mundo como irreal ou "como um sonho", ou ter maior dificuldade para recordar detalhes específicos do evento traumático (amnésia dissociativa). Além disso, pelo menos um sintoma de cada um dos agrupamentos sintomáticos necessários para o Transtorno de Estresse Pós-Traumático está presente.

Em primeiro lugar, o evento traumático é persistentemente revivido (por ex., recordações recorrentes, imagens, pensamentos, sonhos, ilusões, episódios de flashbacks, sensação de reviver o evento, ou sofrimento quando da exposição a lembretes do evento).

Em segundo lugar, esquiva de lembretes do trauma (por ex., locais, pessoas, atividades são evitados).

Finalmente, uma hiperexcitabilidade em resposta a estímulos que lembram o trauma está presente (por ex., dificuldade em conciliar o sono, irritabilidade, fraca concentração, hipervigilância, resposta de sobressalto exagerada e inquietação motora).

Características e Transtornos Associados

Sintomas de desesperança e impotência podem ser experienciados no Transtorno de Estresse Agudo e ser suficientemente severos e persistentes para satisfazerem os critérios para um Episódio Depressivo Maior, sendo que neste caso um diagnóstico adicional de Transtorno Depressivo Maior pode ser indicado. Se o trauma levou à morte ou ferimentos graves em outra pessoa, os sobreviventes podem sentir terem oferecido auxílio suficiente aos outros. Os indivíduos com este transtorno frequentemente percebem a si mesmos como tendo maior responsabilidade pelas conseqüências do trauma do que seria apropriado. A negligência das necessidades básicas de saúde e segurança após o trauma pode acarretar problemas. Os indivíduos com este transtorno estão em maior risco de desenvolverem um Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

Comportamentos impulsivos e arriscados podem ocorrer após o trauma. Achados ao exame físico e condições médicas gerais associadasCondições médicas gerais podem ocorrer em conseqüência do trauma (por ex., traumatismo craniano, queimaduras).


RESUMINDO: Há transtorno de stress agudo quando:




A. Exposição a um evento traumático no qual ambos os seguintes quesitos estiveram presentes:

(1) a pessoa vivenciou, testemunhou ou foi confrontada com um ou mais eventos que envolveram morte ou sérios ferimentos, reais ou ameaçados, ou uma ameaça à integridade física, própria ou de outros;

(2) a resposta da pessoa envolveu intenso medo, impotência ou horror;





B. Enquanto vivenciava ou após vivenciar o evento aflitivo, o indivíduo tem três (ou mais) dos seguintes sintomas dissociativos:

(1) um sentimento subjetivo de anestesia, distanciamento ou ausência de resposta emocional;

(2) uma redução da consciência quanto às coisas que o rodeiam (por ex., "estar como num sonho");

(3) desrealização;

(4) despersonalização;

(5) amnésia dissociativa (isto é, incapacidade de recordar um aspecto importante do trauma).



C. O evento traumático é persistentemente revivido no mínimo de uma das seguintes maneiras: imagens, pensamentos, sonhos, ilusões e episódios de flashback recorrentes, uma sensação de reviver a experiência, ou sofrimento quando da exposição a lembretes do evento traumático.



D. Acentuada esquiva de estímulos que provocam recordações do trauma (por ex., pensamentos, sentimentos, conversas, atividades, locais e pessoas).


E. Sintomas acentuados de ansiedade ou maior excitabilidade (por ex., dificuldade para dormir, irritabilidade, fraca concentração, hipervigilância, resposta de sobressalto exagerada, inquietação motora).


F. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo e prejudica sua capacidade de realizar alguma tarefa necessária, tal como obter o auxílio necessário ou mobilizar recursos pessoais, contando aos membros da família acerca da experiência traumática.



G. A perturbação tem duração mínima de 2 dias e máxima de 4 semanas, e ocorre dentro de 4 semanas após o evento traumático.



H. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral, não é melhor explicada por um Transtorno Psicótico Breve.



Déficit de Atenção/Hiperactividade, Transt. (TDAH)

Características Diagnósticas

A característica essencial do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade, mais frequente e severo do que aquele tipicamente observado em indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento (Critério A). Alguns sintomas hiperativo-impulsivos que causam prejuízo devem ter estado presentes antes dos 7 anos, mas muitos indivíduos são diagnosticados depois, após a presença dos sintomas por alguns anos (Critério B). Algum prejuízo devido aos sintomas deve estar presente em pelo menos dois contextos (por ex., em casa e na escola ou trabalho) (Critério C). Deve haver claras evidências de interferência no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional apropriado em termos evolutivos (Critério D). A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Esquizofrenia ou outro Transtorno Psicótico e não é melhor explicada por um outro transtorno mental (por ex., Transtorno do Humor, Transtorno de Ansiedade, Transtorno Dissociativo ou Transtorno da Personalidade) (Critério E). A desatenção pode manifestar-se em situações escolares, profissionais ou sociais.

Os indivíduos com este transtorno podem não prestar muita atenção a detalhes ou podem cometer erros por falta de cuidados nos trabalhos escolares ou outras tarefas (Critério A1a). O trabalho freqüentemente é confuso e realizado sem meticulosidade nem consideração adequada. Os indivíduos com frequência têm dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas e consideram difícil persistir em tarefas até seu término (Critério A1b). Eles frequentemente dão a impressão de estarem com a mente em outro local, ou de não escutarem o que recém foi dito (Critério A1c). Pode haver frequentes mudanças de uma tarefa inacabada para outra. Os indivíduos diagnosticados com este transtorno podem iniciar uma tarefa, passar para outra, depois voltar a atenção para outra coisa antes de completarem qualquer uma de suas incumbências. Eles freqüentemente não atendem a solicitações ou instruções e não conseguem completar o trabalho escolar, tarefas domésticas ou outros deveres (Critério A1d). O fracasso para completar tarefas deve ser considerado, ao fazer o diagnóstico, apenas se ele for devido à desatenção, ao invés de outras possíveis razões (por ex., um fracasso para compreender instruções). Esses indivíduos com freqüência têm dificuldade para organizar tarefas e atividades (Critério A1e). As tarefas que exigem um esforço mental constante são vivenciadas como desagradáveis e acentuadamente aversivas. Por conseguinte, esses indivíduos em geral evitam ou têm forte antipatia por atividades que exigem dedicação ou esforço mental prolongados ou que exigem organização ou concentração (por ex., trabalhos escolares ou burocráticos) (Critério A1f). Esta evitação deve ocorrer por dificuldades da pessoa com a atenção, e não devido a uma atitude oposicional primária, embora uma oposição secundária possa também ocorrer. Os hábitos de trabalho frequentemente são desorganizados e os materiais necessários para a realização da tarefa com frequência são espalhados, perdidos ou manuseados com descuido e danificados (Critério A1g). Os indivíduos com este transtorno são facilmente distraídos por estímulos irrelevantes e habitualmente interrompem tarefas em andamento para dar atenção a ruídos ou eventos triviais que em geral são facilmente ignorados por outros (por ex., a buzina de um automóvel, uma conversa ao fundo) (Critério A1h). Eles frequentemente esquecem-se de coisas nas actividades diárias (por ex., faltar a compromissos marcados, esquecer de levar o lanche para o trabalho ou a escola) (Critério A1i). Nas situações sociais, a desatenção pode manifestar-se por frequentes mudanças de assunto, falta de atenção ao que os outros dizem, distração durante as conversas e falta de atenção a detalhes ou regras em jogos ou actividades.

A hiperatividade pode manifestar-se por inquietação ou remexer-se na cadeira (Critério A2a), por não permanecer sentado quando deveria (Critério A2b), por correr ou subir excessivamente em coisas quando isto é inapropriado (Critério A2c), por dificuldade em brincar ou ficar em silêncio em actividades de lazer (Critério A2d), por frequentemente parecer estar "a todo vapor" ou "cheio de gás" (Critério A2e) ou por falar em excesso (Critério A2f). A hiperatividade pode variar de acordo com a idade e nível de desenvolvimento do indivíduo, devendo o diagnóstico ser feito com cautela em crianças pequenas. Os bebés e pré-escolares com este transtorno diferem de crianças ativas, por estarem constantemente irrequietos e envolvidos com tudo à sua volta; eles andam para lá e para cá, movem-se "mais rápido que a sombra", sobem ou escalam móveis, correm pela casa e têm dificuldades em participar de atividades sedentárias em grupo durante a pré-escola (por ex., para escutar uma estória). As crianças em idade escolar exibem comportamentos similares, mas em geral com menor freqüência ou intensidade do que bebês e pré-escolares. Elas têm dificuldade para permanecer sentadas, levantam-se com freqüência e se remexem ou sentam-se na beira da cadeira, como que prontas para se levantarem. Elas manuseiam objetos inquietamente, batem com as mãos e balançam pernas e braços excessivamente. Com freqüência se levantam da mesa durante as refeições, enquanto assistem televisão ou enquanto fazem os deveres de casa; falam em excesso e podem fazer ruídos demasiados durante atividades tranqüilas. Em adolescentes e adultos, os sintomas de hiperatividade assumem a forma de sensações de inquietação e dificuldade para envolver-se em atividades tranqüilas e sedentárias.A impulsividade manifesta-se como impaciência, dificuldade para protelar respostas, responder precipitadamente, antes de as perguntas terem sido completadas (Critério A2g), dificuldade para aguardar sua vez (Critério A2h) e interrupção frequente ou intrusão nos assuntos de outros, ao ponto de causar dificuldades em contextos sociais, escolares ou profissionais (Critério A2i). Outros podem queixar-se de dificuldade para se expressar adequadamente. Os indivíduos com este transtorno tipicamente fazem comentários inoportunos, interrompem demais os outros, metem-se em assuntos alheios, agarram objetos de outros, pegam coisas que não deveriam tocar e fazem palhaçadas. A impulsividade pode levar a acidentes (por ex., derrubar objetos, colidir com pessoas, segurar inadvertidamente uma panela quente) e ao envolvimento em atividades potencialmente perigosas, sem consideração quanto às possíveis conseqüências (por ex., andar de skate em um terreno extremamente irregular).As manifestações comportamentais geralmente aparecem em múltiplos contextos, incluindo a própria casa, a escola, o trabalho ou situações sociais. Para fazer o diagnóstico, algum prejuízo deve estar presente em pelo menos dois contextos (Critério C).

É raro um indivíduo apresentar o mesmo nível de disfunção em todos os contextos ou dentro do mesmo contexto em todos os momentos. Os sintomas tipicamente pioram em situações que exigem atenção ou esforço mental constante ou que não possuem um apelo ou novidade intrínsecos (por ex., escutar professores, realizar deveres escolares, escutar ou ler materiais extensos ou trabalhar em tarefas monótonas e repetitivas). Os sinais do transtorno podem ser mínimos ou estar ausentes quando o indivíduo se encontra sob um controle rígido, está em um contexto novo, está envolvido em atividades especialmente interessantes, em uma situação a dois (por ex., no consultório do médico) ou enquanto recebe recompensas freqüentes por um [79]comportamento apropriado. Os sintomas são mais prováveis em situações de grupo (por ex., no pátio da escola, sala de aula ou ambiente de trabalho).


Amnésia Dissociativa (Histérica)



Características Diagnósticas
A característica essencial da Amnésia Dissociativa é uma incapacidade de recordar informações pessoais importantes, em geral de natureza traumática ou estressante, demasiadamente extensa para ser explicada pelo esquecimento normal (Critério A). Este transtorno envolve um prejuízo reversível da memória, no qual recordações da experiência pessoal não podem ser recuperadas em uma forma verbal (ou, se são temporariamente recuperadas, não podem ser completamente retidas na consciência). O distúrbio não ocorre exclusivamente durante o curso de Transtorno Dissociativo de Identidade, Fuga Dissociativa, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Transtorno de Estresse Agudo ou Transtorno de Somatização, nem é devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância, uma condição neurológica ou outra condição médica geral (Critério B). Os sintomas devem causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo (Critério C).
A Amnésia Dissociativa apresenta-se, com maior frequência, como uma lacuna ou série de lacunas, relatada retrospectivamente, na recordação de aspectos da história de vida do indivíduo. Essas lacunas habitualmente estão relacionadas a eventos traumáticos ou muito estressantes. Alguns indivíduos podem ter amnésia para episódios de automutilação, ataques violentos ou tentativas de suicídio. Com menor freqüência, a Amnésia Dissociativa apresenta-se como um episódio exuberante com aparecimento súbito. Esta forma aguda é mais provável em tempos de guerra ou em resposta a um desastre natural.Diversos tipos de distúrbios de memória foram descritos na Amnésia Dissociativa.
Na amnésia localizada, o indivíduo não consegue recordar eventos que ocorreram durante um período limitado de tempo, em geral as primeiras horas após um evento profundamente perturbador (por ex., o sobrevivente que saiu ileso de um acidente automobilístico no qual um membro da família morreu, pode não ser capaz de recordar coisa alguma do que aconteceu desde o momento do acidente até 2 dias mais tarde).
Na amnésia selectiva, a pessoa consegue recordar alguns, mas não todos os eventos durante um período limitado de tempo (por ex., um veterano de guerra consegue recordar apenas algumas partes de uma série de experiências de combate violento). Três outros tipos de amnésia — generalizada, contínua e sistematizada — são menos comuns.
Na amnésia generalizada, o fracasso em recordar abrange toda a vida da pessoa. Os indivíduos com este raro transtorno em geral se apresentam à polícia, a salas de emergência ou a serviços de consultoria-ligação de hospitais gerais. A amnésia contínua é definida como uma incapacidade de recordar eventos subseqüentes a um momento específico (inclusive) até o presente.
A amnésia sistematizada representa a perda de memória para certas categorias de informações, tais como todas as recordações envolvendo a própria família ou uma determinada pessoa. Os indivíduos que exibem esses últimos três tipos de Amnésia Dissociativa podem por fim receber um diagnóstico de uma forma mais complexa de Transtorno Dissociativo (por ex., Transtorno Dissociativo de Identidade).

DSM IV , in http://virtualpsy.locaweb.com.br/dsm_janela.php?cod=7



SUGESTÕES CINEMATOGRÁFICAS:


" A minha namorada tem amnésia"






"Memento"

Transtornos de personalidade



Um Transtorno da Personalidade é um padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é invasivo e inflexível, tem seu início na adolescência ou começo da idade adulta, é estável ao longo do tempo e provoca sofrimento ou prejuízo.

Os Transtornos da Personalidade Paranóide
Transtorno da Personalidade Esquizóide
Transtorno da Personalidade Esquizotípica
Transtorno da Personalidade Anti-Social
Transtorno da Personalidade Borderline
Transtorno da Personalidade Histriônica
Transtorno da Personalidade Narcisista
Transtorno da Personalidade Esquiva
Transtorno da Personalidade Dependente
Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva

Transtorno da Personalidade Paranóide é um padrão de desconfiança e suspeitas, de modo que os motivos dos outros são interpretados como malévolos.

Transtorno da Personalidade Esquizóide é um padrão de distanciamento dos relacionamentos sociais, com uma faixa restrita de expressão emocional.

Transtorno da Personalidade Esquizotípica é um padrão de desconforto agudo em relacionamentos íntimos, distorções cognitivas ou da percepção de comportamento excêntrico.

Transtorno da Personalidade Anti-Social é um padrão de desconsideração e violação dos direitos dos outros.

Transtorno da Personalidade Borderline é um padrão de instabilidade nos relacionamentos interpessoais, auto-imagem e afetos, bem como de acentuada impulsividade.Transtorno da

Personalidade Histriônica é um padrão de excessiva emotividade e busca de atenção.Transtorno da Personalidade Narcisista é um padrão de grandiosidade, necessidade por admiração e falta de empatia.

Transtorno da Personalidade Esquiva é um padrão de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliações negativas.

Transtorno da Personalidade Dependente é um padrão de comportamento submisso e aderente, relacionado a uma necessidade excessiva de proteção e cuidados.

Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva é um padrão de preocupação com organização, perfeccionismo e controle.

Transtorno da Personalidade Sem Outra Especificação é uma categoria oferecida para duas situações:1) o padrão de personalidade do indivíduo satisfaz os critérios gerais para um Transtorno da Personalidade e existem traços de diferentes Transtornos da Personalidade, mas não são satisfeitos os critérios para qualquer Transtorno da Personalidade específico; ou 2) o padrão de personalidade do indivíduo satisfaz os critérios gerais para um Transtorno da Personalidade, mas o clínico considera que o Transtorno da Personalidade apresentado não está incluído na Classificação (por ex., transtorno da personalidade passivo-agressiva).


DSM IV, in http://virtualpsy.locaweb.com.br/dsm_janela.php?cod=147